casa do estudante da faculdade de direito da usp

casa do estudante da faculdade de direito da usp

A Casa do Estudante é um edifício de moradia estudantil dos alunos da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Inaugurada em 1947 e reformada pela última vez em 1987, a Casa encontra-se em condições de extrema precariedade. Em 2018 iniciou-se o projeto de renovação que propõe reverter esta situação, garantindo condições de moradia digna aos estudantes, e propõe modificar o espaço a fim de dobrar o número de moradores do edifício.

  • sobre
  • ficha técnica
    • local: São Paulo - São Paulo - Brasil

      ano da obra: 2021

      ano do projeto: 2018

    • arquitetura: Gabriel Pietraroia , Claudia Nucci e Valério Pietraroia

      Matheus Romanelli, Henrique Fontana e Tomás Vanucchi

      estrutura: Ycon Engenharia

      instalações: Install Engenharia

      imagens 3D: Alex Ninomia

      maquete física: Marcelo Trivino

      orçamentos: Ana Flora Anacleto

O projeto se baseia em quatro pilares: 1. Reforma das instalações e retomada das condições de salubridade e segurança no edifício; 2. Adequação às normas de acessibilidade; 3. Adequação do espaço às necessidades atuais dos moradores; 4. Preservação do patrimônio histórico cultural

REFORMA DAS INSTALAÇÕES E RETOMADA DAS CONDIÇÕES DE SALUBRIDADE E SEGURANÇA NO EDIFÍCIO

As instalações elétricas, hidráulicas e de incêndio encontram-se em péssimo estado de conservação e não atendem às normas atuais, gerando problemas como vazamentos, infiltrações, curtos circuitos, entre outros, colocando à vida dos moradores em risco. O projeto propõe a atualização completa desses sistemas.  

 ADEQUAÇÃO ÀS NORMAS DE ACESSIBILIDADE

Em relação à acessibilidade a proposta do projeto é oferecer um apartamento acessível por andar, com banheiro e mobiliários adequados. A circulação vertical precisará de uma nova torre de elevador, já que a torre de existente é pequena e não comporta elevadores nos padrões das normas para Portadores de Necessidades Especiais. Esta nova torre, adjacente à torre existente, será construída em estrutura metálica com fechamento em placa cimentícia, garantindo rapidez na construção.

ADEQUAÇÃO DO ESPAÇO ÀS NECESSIDADES ATUAIS DOS MORADORES

Para aumentar o número de habitantes no edifício propõe-se reformar o primeiro andar, transformando a antiga cozinha coletiva e o salão de convivência em três novos apartamentos. Os espaços de convivência são transferidos para o térreo no lugar de duas lojas existentes. A cozinha coletiva é desmontada e são construídas cozinhas privativas em todos os apartamentos como veremos a seguir.

TÉRREO

As duas antigas lojas dão lugar aos espaços de convivência do edifício. No salão à esquerda propõe-se uma área de convivência com possibilidade de múltiplos usos, desde pequenos encontros do dia a dia, até assembleias condominiais e confraternizações maiores. É por este salão que se dá o acesso ao novo elevador PNE. No salão à direita propõe-se uma biblioteca aberta à comunidade acadêmica, com mesas de estudo e um novo jardim interno que possibilita a entrada de luz e ventilação natural no ambiente. Nos fundos do pavimento propõe-se um bicicletário.

A Intervenção acima descrita abre o caminho para a reconquista do pavimento térreo graças à dinâmica de usos comunitários, o que inverte a situação anterior em que funcionava somente como local de passagem.

APARTAMENTOS

A principal alteração nos apartamentos foi a redução e o reposicionamento dos banheiros que deram lugar a salas com cozinha. Esta era uma demanda antiga dos moradores que com o tempo montaram cozinhas improvisadas nos corredores, nas varandas ou até mesmo dentro dos banheiros. Com a mudança os moradores podem fazer suas refeições dentro dos apartamentos com a qualidade espaciais e de salubridade necessária.

A segunda alteração foi no apartamento mais próximo do novo elevador que foi escolhido para ser adaptado para receber portadores de necessidades especiais, contando com um banheiro completo adequado às normas de acessibilidade.

 COBERTURA

A proposta valoriza a situação privilegiada da cobertura, qualificando o uso de convivência estabelecido atualmente. Dessa forma, a sala da direção, a lavanderia e a cozinha comunitária ocuparão a cobertura com maior segurança e acessível pelo elevador previsto no projeto.