O projeto do parque da cascata escolhido através de concurso promovido pela prefeitura municipal de Marília será mais que um simples parque de lazer; pelo posicionamento estratégico que ocupa, exercerá o papel de polo de atração para o avanço do tecido urbano a leste da cidade, consolidando e harmonizando a tendência de crescimento.
local: Marília - SP - Brasil
ano do projeto: 1995
Arquitetura: Claudia Nucci, Sergio Camargo, Christiano Pietraroia e Valério Pietraroia
Vencedor do Concurso Parque da Cascata | Prefeitura Municipal de Marília
1995
Marília - SP
Na escala urbana da cidade
seus 1,2 milhões de m² e a possibilidade de dota-lo da infraestrutura adequada,
criará um novo “centro”, cuja dinâmica urbana, em sintonia aos recursos
naturais existentes, dará novo perfil à cidade.
conceito
Criação de um parque urbano, dotado de equipamentos que ultrapassem os limites do lazer e da recreação, como escolas experimentais, administração municipal, serviços de atendimento, etc., de maneira a incrementar a apropriação de seus espaços.
Caracterização diferenciada das várias áreas de intervenção, criando identidade própria, através de elementos que valorizem a paisagem existente.
referências
A proposta organiza o parque através de elementos referenciais estruturadores do espaço que desempenharão diversas funções, posicionando equipamentos, interligando percursos, denunciando atividades.
Esses elementos estruturais, são lineares obedecendo uma direção constante, instigando a memória coletiva através do seu paralelismo a barragem da represa cascata (base do abastecimento da cidade) e a avenida das esmeraldas, atual “parque urbano” da cidade.diretrizes
. criação de sistemas que superpostos promoverão a interação entre as diversas atividades do parque.
. valorização da paisagem natural, através da recuperação das nascentes, da mata natural do Itambé, sua extensão até as áreas já urbanizadas dos bairros Maria Isabel e parque das esmeraldas, como “molduras” do parque e sobretudo como extensão, verdadeiras artérias vegetais irrigando o tecido urbano.
. recomposição da vegetação de fundo de vale nos setores leste e oeste ao parque, introduzindo essências regionais, adensando e protegendo os mananciais, hoje com riscos de assoreamento.
. adequação das forrações vegetais nos diversos espaços “abertos” em função das atividades a serem exercidas, ora de movimento, ora de contemplação, etc.
. valorização do movimento, como sistema propulsor do parque, materializado através de circuitos, percursos, caminhos concebidos com distancias e dificuldades variadas, a fim de desfrutar das visuais do parque de maneira diferenciada.
. preservação da barragem da cascata como patrimônio municipal, transformando-a em um grande solário/esplanada, atravessado pelo trafego leve do parque (pedestres e bicicletas).
. criação de zona de transição entre o parque e as futuras áreas urbanizadas, de largura variável (entre 5 e 50m), permitindo a permeabilidade e evitando o conflito entre essas áreas.
. uso intensivo da água, principal elemento paisagístico do parque, criando-se quedas d’água e piscinas naturais a leste, jardins temáticos aquáticos a oeste, piscicultua a oeste, circuitos de pedalinho na represa, etc.
. posicionamento do sistema viário na sua periferia integrando-o a malha viária existente e abrindo novas ligações as zonas de expansão futuras a nordeste e noroeste.