conjunto assembléia habita sampa, em são paulo

conjunto assembléia habita sampa, em são paulo

projeto de conjunto residencial, com toda a construção pré fabricada,  apresentado no concurso habita sampa, promovido pela prefeitura municipal de são paulo.

  • sobre
  • ficha técnica
    • local: São Paulo - São Paulo - Brasil

    • arquitetura: Claudia Nucci, Valério Pietraroia e Sergio Camargo

O projeto assembléia, mais do que aspectos ligados à política urbana de revalorização do centro de São Paulo, é fundamentalmente um tema que nos obriga a discutir de que maneira as pessoas devem morar hoje, em um ambiente consolidado, mas com elevado grau de interferência ou seja dentro de uma realidade extremamente limitante nos seus aspectos físicos e financeiros.

A proposta apresentada considera as condições colocadas como parte de um programa a ser atingido, mas não se limita ao seu atendimento, traça caminhos e estratégias claras de intervenção muito distintas das soluções tradicionais dos grandes conjuntos habitacionais, em grandes áreas, a serem conquistadas.

Para a implantação do conjunto foram consideradas:

- as dimensões reduzidas do terreno

- a extensão do programa

- a posição da praça Carlos Gomes e sua extensão criando uma praça interna, local mais tranquilo para a localização dos espaços habitacionais

- a presença do vale da 23 de Maio e sua saída que tangencia o conjunto, ponto de referência visual e de insolação,  também pólo de geração de ruído intenso, orientando a localização da reserva para a secretaria dos negócios jurídicos junto ao viaduto D. Paulina mais próxima ao Fórum João Mendes e Palácio Mauá. Seu estacionamento executado em parte na 1ª fase do projeto, aproveita o desnível natural da rua da Assembléia, permitindo o acesso em nível e sua futura expansão em direção à área de reserva com uma previsão de outro acesso pelo viaduto D. Paulina

- o volume do estacionamento acompanha a inclinação da rua da Assembléia, criando na área interna do conjunto, um plano de ligação inclinado, uma rua interna que liga a praça superior à praça inferior onde as atividades de lazer podem se desenvolver

- os apartamento foram agrupados em torno de um sistema de circulação valorizado através de percursos distintos, e de sua abertura em relação as visuais externas e à insolação. Essa circulação tangencia a empena existente, sem ocultá-la, trazendo-a para o conjunto como plano a ser explorado para atividades recreativas e esportivas.

- foram distribuídas áreas comuns em alguns pavimentos para o desenvolvimento de atividades de manutenção e administração do conjunto, atividades de formação e recreação, reforçando a intenção de diversificar os percursos

- as áreas livres foram ocupadas por atividades recreativas e esportivas pois, o centro de São Paulo oferece poucas opções apesar de sua extensa infraestrutura de transporte

- os apartamentos foram pensados a partir de uma geometria simples, clara, modulada, mas permitindo variações de orientação de aberturas e de adaptações em função de seu posicionamento no edifício. Os ambientes se distribuem em torno de um núcleo hidráulico de maneira livre, independente da estrutura e do fechamento. O sistema construtivo proposto prevê o uso de painéis de fechamento pré fabricados em concreto atendendo sempre 2 pavimentos, modulados em 600mm e painéis esquadria atendendo sempre 2 pavimentos subdividido verticalmente em módulo de iluminação, de ventilação e de fechamento com laminado melamínico estrutural colorido.  A distribuição linear dos vários módulos imprime variação de pintura e de textura nos volumes, reforçando a intenção de diversidade.