O projeto se insere de maneira singular no bairro por estar implantado em quatro lotes, ocupando duas esquinas, na principal via de acesso e desfrutando de belas visuais para áreas rurais, adjacentes por estar no eixo de crescimento e expansão da cidade.
local: Marília - São Paulo - Brasil
ano da obra: 2000
ano do projeto: 1994
área da obra: 760 m²
arquitetura: Cláudia Nucci, Valério Pietraroia e Sérgio Camargo
Maria Isabel Comparato, Diana Asillag, André Nucci e Geane Natsumeda
paisagismo: Koiti Mori e Klara Kaiser
estrutura: Cláudio Puga Engenharia
instalações: Progetrês e Mário Mouta
construção: Ravenna Eng. e Construtora Engetrês
fotos: Valerio Pietraroia
A casa foi implantada no centro do conjunto, assobradada, liberando o máximo de área livre para espaços de convivência e lazer. As áreas de apoio, térreas, estão localizadas nos limites construídos do lote, deixando toda a área plantada em continuidade com as ruas, ampliando a chegada, formando uma pequena praça em continuidade com áreas públicas.
O objetivo principal é desenvolver um conceito de residência urbana, extremamente ligados ao entorno natural, beneficiando-se das qualidades do clima e das condições naturais, para a valorização do espaço construído e em especial do potencial desses recursos naturais na determinação do desenho final da obra.
O interior foi concebido valorizando-se a relação com as atividades externas, com as vistas privilegiadas, através do uso de grandes aberturas, panos de vidro contínuos, criando situações diferenciadas.
A área de convivência no térreo é na verdade um grande piso contínuo, com leve desnível, sugerido pela topografia original, onde as atividades sociais e de lazer são desenvolvidas de forma simultânea, desfrutando da diversidade dos ambientes criados.
Foram assim criados dois grandes pátios. Um interno, protegido dos ventos dominantes. O segundo, aberto ao norte, se beneficiando da insolação natural o dia todo, onde a vista externa se desenvolve, o que os caracteriza pela alternância verão, inverno.
Os ambientes principais se desenvolvem transversalmente permitindo a ventilação cruzada, protegidos por um grande beiral, cujo desenho permite intensificar esses benefícios, de sombreamento no verão e de aquecimento no inverno.
Essa mesma cobertura permite a ventilação natural cruzada mesmo nos dormitórios, pelo uso de venezianas basculantes de madeira nas fachadas opostas, acionadas manualmente.